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Acidente de Trabalho: Conheça Seus Direitos e Proteja-se!

Sofrer um acidente de trabalho pode trazer consequências físicas, emocionais e financeiras. Muitas vezes, o trabalhador não conhece seus direitos e acaba não sendo amparado como deveria.

Quais são os direitos do trabalhador em casos de acidente?

  1. Afastamento com remuneração
    • Caso o afastamento seja superior a 15 dias, o trabalhador tem direito ao benefício do INSS.
  2. Estabilidade provisória
    • O trabalhador acidentado tem estabilidade no emprego por 12 meses após o retorno.
  3. Indenização por danos morais e materiais
    • Se a empresa não cumpriu as normas de segurança, é possível buscar reparação judicial.
  4. Tratamento médico custeado pelo empregador
    • A empresa deve garantir assistência adequada para o trabalhador.

Como garantir seus direitos?

  • Registrar o acidente imediatamente (CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho).
  • Procurar assistência jurídica especializada para avaliar seu caso.

Por que escolher um advogado trabalhista?
O advogado trabalhista é o profissional ideal para:
✅ Analisar a conduta da empresa.
✅ Verificar o cumprimento das normas de segurança.
✅ Pleitear os direitos do trabalhador na Justiça.

Danilo Rogério Peres Ortiz de Camargo

 

TRF4: Albinismo é reconhecido como deficiência e garante concessão do BPC

TRF4: Albinismo é reconhecido como deficiência e garante concessão do BPC

A 1ª Vara Federal de Pato Branco concedeu o Benefício Assistencial (BPC/LOAS) a um indígena após reconhecer o albinismo como uma deficiência.

O albinismo é uma condição genética que resulta na ausência total ou parcial de pigmentação da pele, afetando também a visão. Como não possui cura, essa condição torna os indivíduos mais vulneráveis a queimaduras solares, que podem levar ao câncer. Por esses motivos, cabe o reconhecimento da condição como deficiência.

No processo, o requerente, que trabalhava como agricultor, alegou que não possuir recursos para comprar protetor solar adequado ou óculos que ajudassem a minimizar os efeitos do albinismo.

Diante disso, os advogados solicitaram aposentadoria por invalidez, argumentando que, devido à exposição solar, o agricultor estava em risco elevado de câncer e queimaduras.

Ao analisar o caso, o juiz federal considerou que a aposentadoria por invalidez não era uma opção viável, pois a condição incapacitante do requerente já existia antes de sua inscrição no INSS. No entanto, o juiz validou a concessão do BPC/LOAS com base na deficiência e na situação de vulnerabilidade financeira do requerente.

O INSS foi condenado a implantar o benefício em 20 dias.

Fonte: TRF4.

Caixa é condenada a estornar valores transferidos de forma fraudulenta da conta de uma cliente devido a golpe via WhatsApp

Caixa é condenada a estornar valores transferidos de forma fraudulenta da conta de uma cliente devido a golpe via WhatsApp

A 12ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) manteve a condenação da Caixa Econômica Federal (Caixa) ao ressarcimento de R$ 153 mil, valor transferido indevidamente da conta de uma cliente por terceiros, em decorrência de um golpe realizado via WhatsApp, além de indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil.

A Caixa sustentou que não houve falha no serviço, uma vez que a movimentação financeira foi realizada com senha pessoal da correntista e por meio de dispositivo móvel habilitado em terminal de autoatendimento, sem qualquer participação direta de funcionários da Caixa, razão pela qual a culpa foi exclusiva de terceiros

Ao analisar o caso, a relatora, desembargadora federal Rosana Noya Alves Weibel Kaufmann, destacou que as transferências realizadas foram atípicas em relação ao perfil de consumo da vítima e a instituição financeira não adotou nenhuma medida de segurança necessária para impedir a fraude.

Sendo assim, a magistrada apontou que as circunstâncias abordadas nos autos não autorizam a exclusão da responsabilidade da instituição financeira e que tal vulnerabilidade do sistema bancário, o qual admite operações totalmente atípicas em relação ao padrão de consumo dos consumidores, viola o dever de segurança inerente às instituições bancárias, configurando falha na prestação de serviço.

A desembargadora também ressaltou, conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a responsabilidade das instituições financeiras em responder objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias, com base na Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Desse modo, a magistrada concluiu que a falha de prestação de serviço é evidente e por isso a cliente tem direito ao estorno dos valores transferidos de forma fraudulenta, conforme comprovado, e aos danos morais pelo abalo emocional decorrente da subtração do patrimônio da vítima.

Com isso, o Colegiado, por unanimidade, negou a apelação nos termos do voto da relatora.

Processo: 1052220-06.2022.4.01.3400.

https://www.trf1.jus.br/trf1/noticias/caixa-e-condenada-a-estornar-valores-transferidos-de-forma-fraudulenta-da-conta-de-uma-cliente-devido-a-golpe-via-whatsapp-

TRF1

Motoboy tem direito à estabilidade por acidente mesmo sem empresa saber de afastamento

Resumo:

  • A 6ª Turma do TST reconheceu o direito à estabilidade de um ano para um motoboy que sofreu acidente de trabalho durante contrato de experiência.
  • Segundo o colegiado, para ter direito à garantia do emprego, basta a ocorrência do acidente de trabalho e do afastamento superior a 15 dias.
  • O fato de a empresa não ter tido conhecimento do afastamento prolongado do funcionário não é motivo para negar o direito. O que importa é a ocorrência do acidente e o período de afastamento.

20/10/2024 – A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a SMF Logística e Transportes Ltda., do Vale do Itajaí (SC), a pagar a um motoboy indenização correspondente à remuneração que ele deveria receber entre a data da dispensa e a do término da estabilidade no emprego decorrente de acidente de trabalho. Segundo o colegiado, o fato de a empresa não saber que ele estava de atestado por 60 dias não afasta o direito à estabilidade.

Pela legislação, o segurado da Previdência Social que sofreu acidente do trabalho tem garantida a manutenção do seu contrato de trabalho por um ano após o fim do auxílio-doença acidentário. Para requerer e receber o benefício, é necessário o afastamento das atividades por mais de 15 dias.

Empresa não soube do atestado

Com contrato de experiência de 90 dias, o motociclista sofreu acidente com dois meses de trabalho e recebeu atestado médico de 15 dias. Em seguida, recebeu mais 60 dias de afastamento.

No processo judicial, ficou comprovado que a empresa não soube da prorrogação. Como o empregado não voltou ao serviço depois do primeiro afastamento e se passaram os 90 dias de contrato, a SMF não o renovou.

Na ação judicial, o motociclista cobrou o pagamento da remuneração correspondente ao período de estabilidade. A transportadora, por outro lado, sustentou que ele tinha requerido o auxílio-doença acidentário apenas depois do término do emprego e que não teve notícia a tempo sobre o atestado superior a 15 dias.

O juízo de primeiro grau negou o pedido, e o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) manteve a decisão. Para o TRT, o motociclista não foi dispensado durante o período de garantia provisória de emprego porque a empresa não sabia do afastamento médico por mais de 15 dias, e o trabalhador somente requereu o benefício previdenciário após o fim do prazo do contrato de trabalho.

Fundamento da estabilidade é ocorrência do acidente

O ministro Augusto César, relator do recurso de revista do motoboy, disse que é pacífico no TST o entendimento de que o não recebimento do auxílio-doença acidentário não é suficiente para afastar a estabilidade acidentária. “O fundamento da estabilidade acidentária não é a percepção do benefício previdenciário, e sim a constatação de que o empregado sofreu acidente de trabalho em circunstância que o faria credor desse benefício, o que ocorreu no caso”.

Ainda de acordo com o ministro, o desconhecimento da empresa sobre a prorrogação do afastamento não altera o fato de que o motociclista sofreu acidente de trabalho e foi afastado das atividades por mais de 15 dias, e esses pressupostos são suficientes para a concessão da estabilidade provisória. Para concluir, ele afirmou que esse direito abrange quem está em contrato por tempo determinado, como o de experiência, conforme a Súmula 378 do TST.

A decisão foi unânime.

(Guilherme Santos/CF)

Processo: RR-1171-33.2018.5.12.0056

https://tst.jus.br/web/guest/-/motoboy-tem-direito-%C3%A0-estabilidade-por-acidente-mesmo-sem-empresa-saber-de-afastamento

Principais Golpes Digitais na Atualidade e Como se Proteger

Principais Golpes Digitais na Atualidade e Como se Proteger

No mundo cada vez mais conectado, os golpes digitais estão se tornando mais sofisticados e frequentes, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Esses golpes podem resultar em perdas financeiras significativas, roubo de identidade e outros danos graves. Conhecer os principais tipos de golpes e aprender a se proteger é essencial para garantir a segurança digital.

1. Phishing

Como Funciona: O phishing é um dos golpes mais comuns e envolve o envio de e-mails, mensagens de texto ou links falsos que parecem ser de fontes legítimas, como bancos, empresas ou redes sociais. O objetivo é induzir a vítima a fornecer informações sensíveis, como senhas, números de cartões de crédito ou dados pessoais.

Como se Proteger:

  • Verifique o remetente: Desconfie de e-mails ou mensagens que pedem informações pessoais, mesmo que pareçam ser de fontes confiáveis.
  • Não clique em links suspeitos: Passe o mouse sobre os links para ver o destino real antes de clicar.
  • Autenticação em dois fatores: Ative a autenticação em dois fatores (2FA) em suas contas para aumentar a segurança.

2. Golpes em Redes Sociais

Como Funciona: Golpistas utilizam perfis falsos ou hackeados em redes sociais para enganar as vítimas. Eles podem enviar mensagens pedindo dinheiro, fingir ser amigos ou familiares, ou oferecer promoções e prêmios inexistentes.

Como se Proteger:

  • Verifique a identidade: Confirme a identidade do remetente antes de realizar qualquer transação ou compartilhar informações.
  • Privacidade: Mantenha suas configurações de privacidade restritas e evite compartilhar informações pessoais em público.
  • Denuncie e bloqueie: Se você identificar uma conta suspeita, denuncie ao suporte da plataforma e bloqueie o perfil.

3. Golpes de Compras Online

Como Funciona: Golpistas criam sites falsos ou anúncios enganosos oferecendo produtos a preços muito baixos. Após o pagamento, a vítima nunca recebe o produto ou recebe um item de qualidade inferior.

Como se Proteger:

  • Pesquise antes de comprar: Verifique a reputação do vendedor e leia avaliações de outros compradores.
  • Use métodos de pagamento seguros: Prefira usar cartões de crédito ou serviços de pagamento online que ofereçam proteção ao comprador.
  • Desconfie de preços muito baixos: Se o preço parece bom demais para ser verdade, provavelmente é um golpe.

4. Golpes de Suporte Técnico Falso

Como Funciona: Golpistas se passam por técnicos de suporte de grandes empresas de tecnologia, como Microsoft ou Apple, e alegam que seu dispositivo tem um problema. Eles pedem acesso remoto ao seu computador ou cobram por serviços inexistentes.

Como se Proteger:

  • Nunca permita acesso remoto: Empresas legítimas nunca pedirão acesso remoto ao seu computador sem solicitação prévia.
  • Desconfie de contatos inesperados: Se você não solicitou suporte, não forneça informações pessoais ou pagamento.
  • Use fontes oficiais: Se precisar de suporte técnico, entre em contato diretamente com a empresa por meio dos canais oficiais.

5. Golpes de Investimento

Como Funciona: Promessas de retornos rápidos e elevados em investimentos, como criptomoedas ou mercados financeiros, são usadas para atrair vítimas. Muitas vezes, esses golpes se apresentam como esquemas Ponzi ou pirâmides financeiras.

Como se Proteger:

  • Pesquise o investimento: Antes de investir, pesquise a empresa ou plataforma e procure por sinais de alerta, como falta de transparência ou promessas de lucros garantidos.
  • Desconfie de retornos rápidos: Se a oferta parece boa demais, é provável que seja um golpe.
  • Consulte especialistas: Antes de investir, busque orientação de consultores financeiros credenciados.

6. Ransomware

Como Funciona: O ransomware é um tipo de software malicioso que criptografa os arquivos do usuário e exige um resgate para desbloqueá-los. Esse golpe pode paralisar tanto indivíduos quanto empresas.

Como se Proteger:

  • Backup regular: Mantenha backups regulares de seus arquivos em um local seguro e desconectado da internet.
  • Atualizações de segurança: Mantenha seu sistema operacional e software sempre atualizados para evitar vulnerabilidades.
  • Evite downloads suspeitos: Não baixe anexos de e-mails ou arquivos de sites não confiáveis.

Dicas Gerais de Prevenção

  • Educação: Mantenha-se informado sobre os golpes mais recentes e aprenda a reconhecer sinais de fraude.
  • Segurança digital: Utilize programas antivírus e firewalls, e mantenha-os atualizados.
  • Senhas fortes: Crie senhas únicas e complexas para cada conta, e altere-as regularmente.
  • Cautela com informações pessoais: Não compartilhe informações pessoais ou financeiras desnecessariamente, especialmente em plataformas públicas.

Proteger-se contra golpes digitais requer vigilância constante e práticas de segurança sólidas. Ao adotar essas medidas, você reduz significativamente o risco de cair em fraudes e garante uma experiência digital mais segura.

Danilo Rogério Peres Ortiz de Camargo

Advogado.

Informações Importantes sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

Informações Importantes sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD – Lei nº 13.709/2018) é uma legislação brasileira que regula o tratamento de dados pessoais de pessoas físicas, tanto online quanto offline, por empresas e órgãos públicos. A LGPD é um marco importante para a proteção da privacidade e dos direitos dos cidadãos em relação aos seus dados pessoais.

Pontos Principais da LGPD:

  1. Finalidade Específica:
    • Os dados pessoais só podem ser coletados e utilizados para finalidades específicas, explícitas e legítimas. O uso dos dados deve ser transparente e informado ao titular.
  2. Consentimento:
    • O tratamento de dados pessoais geralmente exige o consentimento explícito do titular, exceto em situações específicas, como o cumprimento de obrigação legal, a proteção da vida ou a tutela da saúde.
  3. Direitos dos Titulares:
    • A LGPD assegura vários direitos aos titulares de dados, incluindo:
      • Acesso: Direito de acessar os dados que estão sendo tratados.
      • Correção: Direito de corrigir dados incompletos, inexatos ou desatualizados.
      • Eliminação: Direito de solicitar a eliminação de dados desnecessários ou tratados em desconformidade com a lei.
      • Portabilidade: Direito de solicitar a transferência dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto.
      • Informação: Direito de ser informado sobre as entidades públicas e privadas com as quais os dados foram compartilhados.
  4. Responsabilidade e Prestação de Contas:
    • As empresas e organizações devem demonstrar que estão em conformidade com a LGPD, implementando medidas de segurança, políticas de privacidade e procedimentos internos que garantam a proteção dos dados pessoais.
  5. Segurança da Informação:
    • Medidas técnicas e organizacionais adequadas devem ser adotadas para proteger os dados pessoais contra acesso não autorizado, destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito.
  6. Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD):
    • A ANPD é responsável por fiscalizar e garantir o cumprimento da LGPD, além de aplicar sanções em caso de violação da lei. As penalidades podem incluir advertências, multas (de até 2% do faturamento da empresa, limitadas a R$ 50 milhões por infração), e a suspensão do tratamento de dados.
  7. Aplicação Internacional:
    • A LGPD se aplica a qualquer operação de tratamento de dados pessoais realizada por empresas localizadas no Brasil ou que ofereçam produtos e serviços ao mercado brasileiro, independentemente de onde os dados estejam localizados.

Importância da LGPD para Empresas e Consumidores:

  • Para as empresas, a conformidade com a LGPD é essencial para evitar sanções, proteger a reputação e ganhar a confiança dos clientes. Implementar boas práticas de proteção de dados pode se tornar um diferencial competitivo.
  • Para os consumidores, a LGPD garante mais controle sobre os seus dados pessoais, maior segurança e transparência, permitindo que tomem decisões mais informadas sobre onde e como seus dados são utilizados.

Esteja em Conformidade com a LGPD!

  • Empresas: Avalie suas práticas de tratamento de dados e implemente as mudanças necessárias para garantir a conformidade.
  • Consumidores: Esteja ciente dos seus direitos e proteja seus dados pessoais. Exija transparência das empresas e reporte qualquer irregularidade à ANPD.

Privacidade é um direito de todos. Proteja seus dados!

Danilo Rogério Peres Ortiz de Camargo – Advogado

Recuperação de Redes Sociais e o Direito Digital

Recuperação de Redes Sociais e o Direito Digital

No mundo moderno, as redes sociais se tornaram uma extensão da vida pessoal e profissional, sendo usadas para comunicação, negócios, entretenimento e até ativismo social. No entanto, o crescimento exponencial dessas plataformas trouxe à tona diversas questões legais, entre elas a recuperação de contas invadidas ou bloqueadas e a proteção de dados pessoais. Nesse contexto, o Direito Digital surge como um campo essencial para assegurar os direitos dos usuários e regular a atuação dessas plataformas.

Recuperação de Redes Sociais: Desafios e Soluções

A recuperação de contas em redes sociais, após uma invasão ou bloqueio indevido, é um processo que pode ser extremamente complicado para os usuários. Os ataques cibernéticos, como phishing, malware ou engenharia social, são as causas mais comuns para o comprometimento das contas. Quando uma conta é invadida, os invasores podem alterar senhas, excluir dados, ou até usar o perfil para cometer fraudes, o que pode gerar sérios prejuízos tanto pessoais quanto financeiros.

Os mecanismos de recuperação oferecidos pelas plataformas variam, mas geralmente incluem verificação de identidade por meio de e-mail, telefone ou perguntas de segurança. No entanto, em muitos casos, esses procedimentos são insuficientes para resolver problemas mais complexos, como a recuperação de contas vinculadas a dados falsos ou o acesso negado sem justificativa.

Aqui entra a relevância do Direito Digital, que busca criar diretrizes legais para a proteção dos direitos dos usuários e a responsabilização das plataformas. A legislação brasileira, por exemplo, com o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018), estabelece princípios fundamentais para o uso da internet, como a privacidade, a proteção de dados pessoais e a transparência nas relações entre usuários e provedores.

Direito Digital: Proteção e Responsabilidade

O Direito Digital é um campo jurídico em constante evolução, focado em regular as relações que surgem no ambiente virtual. Entre os principais desafios desse ramo do direito, destacam-se a proteção de dados pessoais, a segurança da informação, a responsabilidade civil das plataformas e a regulamentação do comércio eletrônico.

No caso da recuperação de redes sociais, o Direito Digital busca equilibrar os direitos dos usuários com as obrigações das plataformas. Por exemplo, as redes sociais devem garantir mecanismos eficientes para a recuperação de contas, além de adotar medidas de segurança para prevenir invasões. Se uma plataforma falha em proteger os dados de seus usuários ou em oferecer um suporte adequado para a recuperação de contas, ela pode ser responsabilizada legalmente.

Além disso, a LGPD impõe que as empresas tomem medidas técnicas e organizacionais para proteger os dados pessoais dos usuários. Em casos de violação de dados, as empresas devem notificar os titulares e as autoridades competentes, sob pena de sanções que podem incluir multas e suspensão das atividades.

Conclusão

A recuperação de redes sociais e o Direito Digital estão profundamente interligados, pois a proteção dos direitos dos usuários na internet depende de uma legislação robusta e de uma aplicação eficaz das normas. À medida que as redes sociais continuam a desempenhar um papel central na vida das pessoas, o Direito Digital se torna cada vez mais crucial para garantir que o ambiente online seja seguro, transparente e justo. Seja na recuperação de uma conta invadida ou na proteção de dados pessoais, o Direito Digital atua como um guardião dos direitos fundamentais dos cidadãos na era digital.

DANILO ROGÉRIO PERES ORTIZ DE CAMARGO – ADVOGADO

www.ortizcamargo.com.br

 

Defesa na Operação Pente-Fino do INSS: Orientações e Documentos Necessários

Defesa na Operação Pente-Fino do INSS: Orientações e Documentos Necessários

A Operação Pente-Fino do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem como objetivo revisar os benefícios previdenciários e assistenciais, visando identificar possíveis irregularidades e fraudes. Para os beneficiários que recebem uma notificação para apresentar defesa, é crucial entender o processo e reunir a documentação necessária para comprovar o direito ao benefício.

Quem Será Fiscalizado?

A Operação Pente-Fino abrange diversos tipos de benefícios, incluindo:

  1. Aposentadorias por invalidez
  2. Auxílios-doença
  3. Benefícios de Prestação Continuada (BPC/LOAS)
  4. Pensões por morte
  5. Outros benefícios previdenciários e assistenciais

Os principais focos da fiscalização são benefícios que apresentam indícios de irregularidades, benefícios de longa duração, ou concessões feitas sem a devida comprovação documental.

Quais Documentos São Importantes?

Para defender-se na Operação Pente-Fino e comprovar a regularidade do benefício, é fundamental apresentar a documentação correta e completa. Abaixo estão os documentos mais importantes que devem ser reunidos:

  1. Documentos Pessoais
    • RG ou outro documento de identidade oficial com foto.
    • CPF.
    • Comprovante de residência atualizado.
  2. Documentos Médicos (para benefícios por incapacidade)
    • Laudos médicos atualizados.
    • Atestados médicos detalhados, incluindo CID (Classificação Internacional de Doenças).
    • Exames médicos e laboratoriais que comprovem a condição de saúde.
    • Relatórios médicos e terapêuticos, se houver.
  3. Documentação de Dependentes (para pensão por morte)
    • Certidão de óbito do segurado.
    • Documentos que comprovem a relação de dependência (certidão de casamento, certidão de nascimento dos filhos, declaração de união estável, etc.).
  4. Documentação de Renda (para BPC/LOAS)
    • Comprovantes de renda de todos os membros do núcleo familiar.
    • Declaração de ausência de renda, se aplicável.
    • Documentos que comprovem a situação socioeconômica, como cadastro no Cadastro Único (CadÚnico).
  5. Documentação de Contribuição (para aposentadorias)
    • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
    • Guias de recolhimento do INSS (GPS) para contribuintes individuais.
    • Extrato do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).

Orientações para a Defesa

  1. Organize os Documentos
    • Separe e organize todos os documentos de forma cronológica e categorizada. A organização facilita a análise do INSS e aumenta a eficiência da sua defesa.
  2. Atualize os Laudos e Atestados Médicos
    • Certifique-se de que os laudos e atestados médicos estejam atualizados e detalhados, descrevendo claramente a condição de saúde e a incapacidade para o trabalho.
  3. Preencha Correta e Completamente os Formulários
    • Utilize os formulários fornecidos pelo INSS e preencha-os de forma completa e correta. Erros ou omissões podem atrasar o processo de análise.
  4. Consulte um Advogado Especializado
    • Se possível, consulte um advogado especializado em direito previdenciário para orientar e revisar a documentação. A assistência jurídica pode aumentar suas chances de sucesso na defesa.
  5. Acompanhe o Processo
    • Mantenha-se informado sobre o andamento do processo através do site do INSS ou pelo telefone 135. Esteja atento a possíveis notificações e prazos.

Conclusão

A Operação Pente-Fino do INSS é uma medida necessária para assegurar a regularidade dos benefícios previdenciários e assistenciais. No entanto, é crucial que os beneficiários estejam preparados para apresentar uma defesa sólida e bem documentada. A organização dos documentos, a atualização dos laudos médicos e a busca por orientação jurídica são passos fundamentais para garantir a manutenção do benefício.

Se você recebeu uma notificação do INSS, não entre em pânico. Prepare-se adequadamente, reúna todos os documentos necessários e, se possível, busque a orientação de um profissional especializado. Com a devida preparação, você pode assegurar seus direitos e continuar recebendo o benefício a que tem direito.

Danilo Rogério Peres Ortiz de Camargo

Advogado especialista em direito previdenciário.

A responsabilidade em casos de acidentes de trânsito com engarrafamento pode variar dependendo das circunstâncias específicas do acidente.

A responsabilidade em casos de acidentes de trânsito com engarrafamento pode variar dependendo das circunstâncias específicas do acidente. A seguir, algumas considerações gerais sobre a questão da culpa em tais situações:

1. Análise das Circunstâncias do Acidente

Para determinar de quem é a culpa em um acidente de trânsito que causou engarrafamento, é necessário analisar vários fatores, incluindo:

  • Condições da via: Se a via estava em más condições ou havia sinalização inadequada, pode haver responsabilidade do órgão responsável pela manutenção da via.
  • Condições climáticas: Chuvas, neblina ou outras condições climáticas adversas podem influenciar a dinâmica do acidente.
  • Comportamento dos motoristas: Se algum dos motoristas estava dirigindo de forma imprudente, desrespeitando sinais de trânsito, ou sob influência de álcool ou drogas, isso pode ser um fator determinante na atribuição de culpa.

2. Responsabilidade dos Envolvidos

  • Motorista que causa o acidente: Em geral, o motorista que comete uma infração de trânsito (como excesso de velocidade, ultrapassagem perigosa, ou falta de atenção) e provoca o acidente é considerado culpado.
  • Motoristas em engarrafamento: Se um engarrafamento ocorre como consequência de um acidente, a culpa pelo congestionamento não é atribuída aos motoristas presos no trânsito, mas sim ao(s) motorista(s) que causaram o acidente inicial.

3. Investigação e Laudo Pericial

A responsabilidade final é determinada por uma investigação conduzida pela autoridade de trânsito competente, que incluirá:

  • Coleta de depoimentos: Testemunhas oculares, envolvidos no acidente e outros motoristas presentes no local.
  • Análise de evidências: Fotos, vídeos (como imagens de câmeras de segurança ou de celulares), e vestígios deixados na via.
  • Laudo pericial: Em muitos casos, um perito de trânsito será chamado para analisar as circunstâncias do acidente e emitir um laudo técnico.

4. Responsabilidade Civil e Penal

  • Responsabilidade Civil: Envolve a reparação dos danos materiais e morais causados pelo acidente. O motorista considerado culpado poderá ser responsabilizado a indenizar os outros envolvidos.
  • Responsabilidade Penal: Em casos de acidentes com vítimas, o motorista culpado pode responder criminalmente por lesão corporal culposa ou, em casos mais graves, homicídio culposo.

5. Seguro e Cobertura

  • Seguro de veículos: Pode cobrir os danos materiais causados pelo acidente. A seguradora poderá, posteriormente, buscar o reembolso junto ao motorista culpado.
  • DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre): Oferece cobertura para vítimas de acidentes de trânsito, independentemente da apuração de culpa.

Conclusão

A atribuição de culpa em acidentes de trânsito com engarrafamento é uma questão complexa que depende da análise detalhada das circunstâncias específicas do acidente. É fundamental que as autoridades de trânsito realizem uma investigação minuciosa para determinar a responsabilidade correta. Além disso, motoristas devem sempre seguir as regras de trânsito e adotar uma postura defensiva para evitar acidentes e suas consequências.

Danilo Rogério Peres Ortiz de Camargo

Advogado – Oab/Sp 241175

Indenização por Erro Médico em Procedimento Estético

Indenização por Erro Médico em Procedimento Estético

Introdução

Procedimentos estéticos, sejam eles cirúrgicos ou não-cirúrgicos, têm se tornado cada vez mais populares. No entanto, como qualquer procedimento médico, eles não estão isentos de riscos e, quando ocorre um erro, as consequências podem ser graves tanto física quanto emocionalmente para o paciente. Nessas situações, a indenização por erro médico surge como um direito do paciente lesado.

O que Configura um Erro Médico?

Erro médico em procedimentos estéticos pode ocorrer de várias formas, incluindo:

  • Imperícia: Falta de habilidade ou conhecimento técnico do profissional.
  • Imprudência: Realização do procedimento de forma precipitada ou sem os cuidados necessários.
  • Negligência: Falta de atenção ou descuido na realização do procedimento.

Esses erros podem resultar em complicações, deformidades, danos físicos permanentes, ou até mesmo morte.

Direitos do Paciente

O paciente que sofre um erro médico tem direito a buscar reparação pelos danos sofridos. Os direitos do paciente estão protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), pelo Código Civil e pela Constituição Federal. Esses direitos incluem:

  1. Indenização por Danos Materiais:
    • Despesas Médicas: Custos com tratamentos adicionais, cirurgias corretivas, medicamentos, e outros procedimentos necessários para corrigir o erro.
    • Perda de Rendimentos: Compensação pela perda de capacidade de trabalho temporária ou permanente.
    • Danos Estéticos: Gastos com tratamentos para minimizar ou corrigir deformidades ou marcas deixadas pelo procedimento inadequado.
  2. Indenização por Danos Morais:
    • Sofrimento Psicológico: Compensação pelo estresse emocional, ansiedade, depressão, e outros impactos psicológicos decorrentes do erro.
    • Constrangimento e Humilhação: Indenização pelo constrangimento social ou humilhação causada pelo erro médico, especialmente em casos de deformidades visíveis.
  3. Indenização por Danos Estéticos:
    • Prejuízos à Imagem: Indenização específica pelos danos à aparência física do paciente, que podem afetar sua autoestima e bem-estar.

Procedimentos para Requerer Indenização

  1. Documentação do Erro: O paciente deve reunir todas as provas do erro médico, incluindo laudos médicos, fotos, receitas de medicamentos, e relatórios de procedimentos realizados.
  2. Laudo Pericial: É essencial obter um laudo pericial que comprove o erro médico e os danos causados. Esse laudo é geralmente solicitado durante o processo judicial.
  3. Ação Judicial: O paciente deve ingressar com uma ação judicial contra o médico ou clínica responsável. O processo pode ser movido no Juizado Especial Cível (para causas de menor valor) ou na Justiça Comum.
  4. Assistência Jurídica: Contratar um advogado especializado em direito médico e do consumidor é fundamental para garantir que todos os direitos do paciente sejam respeitados e que a indenização seja justa.

Jurisprudência

A jurisprudência brasileira tem diversos precedentes de condenações por erro médico em procedimentos estéticos. Os tribunais geralmente consideram a gravidade do erro, o impacto físico e psicológico no paciente, e as circunstâncias específicas do caso ao determinar o valor da indenização.

Conclusão

Erros médicos em procedimentos estéticos podem ter consequências devastadoras para os pacientes. É essencial que as vítimas conheçam seus direitos e busquem a reparação devida pelos danos sofridos. A indenização por erro médico é um direito garantido e visa proporcionar ao paciente uma compensação justa e adequada pelos prejuízos enfrentados. Para isso, é indispensável o apoio de um advogado especializado, que possa orientar e conduzir o processo de forma eficaz.

DANILO ROGÉRIO PERES ORTIZ DE CAMARGO
ADVOGADO – OAB/SP 241175